Trombose Venosa: saiba tudo sobre essa doença e fique atento aos sinais e fatores de risco!

O que é Trombose Venosa?

A trombose venosa é uma doença causada pela formação de coágulos de sangue, também conhecidos como trombos, no interior de veias superficiais ou profundas. Na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou em outras regiões da perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores.

O coágulo formado impede o retorno do sangue em direção ao coração, podendo provocar diversas complicações vasculares. A complicação mais grave é um quadro de embolia pulmonar, que consiste no desprendimento desse coágulo e posterior alojamento nos pulmões, podendo ser fatal.  

A trombose venosa profunda é o tipo mais comum de trombose e atinge cerca de 180 mil pessoas a cada ano, só no Brasil. 

Sintomas da trombose venosa 

Os principais sintomas da trombose, podem incluir:

  • Dores que vão se agravando com o passar dos dias;
  • Inchaço;
  • Rigidez dos músculos da região;
  • Vermelhidão;
  • Dilatação dos vasos sanguíneos da perna;
  • Enrijecimento do tecido subcutâneo;
  • Escurecimento da pele.

Principais causas

As principais causas da trombose podem ser:

  • Estase sanguínea: diminuição da velocidade da circulação do sangue nas veias;
  • Lesão do vaso: o vaso normal possui paredes internas lisas (endotélio), por onde o sangue passa sem coagular. Lesões nesta parede interna desencadeiam reações que podem formar o trombo;
  • Hipercoagulabilidade: situações genéticas ou decorrentes de doenças graves tornam o sangue mais suscetível à formação de coágulos.

Principais fatores de risco

Diversos fatores podem ser responsáveis por desencadear a trombose venosa, mas existem alguns específicos que contribuem para o desenvolvimento da doença. Entre eles, podemos citar:

  • Herança genética: histórico familiar e herança genética de deficiências no processo de coagulação sanguínea;
  • Gravidez: a gravidez aumenta a pressão nas veias da pelve e das pernas, enfraquecendo a parede dos vasos e aumentando as chances de formação de trombos. As mulheres com distúrbio de coagulação hereditária devem prestar mais atenção;
  • Obesidade ou sobrepeso: o excesso de peso aumenta as chances de desenvolver coágulos sanguíneos, por contribuírem para uma maior pressão nas veias;
  • Imobilidade: falta de movimento após uma cirurgia ou uma longa viagem de carro, avião ou ônibus e o sedentarismo também contribuem para esse tipo de doença por levarem ao aumento da pressão venosa nos membros inferiores;
  • Arteriosclerose: vasos sanguíneos lesados facilitam a formação de placas ateromatosas, que podem sofrer rupturas que permitem o contato entre o sangue circulante e a parede do vaso sanguíneo, formando trombos;
  • Hipertensão arterial: causa lesões arteriais responsáveis por tromboses, tanto no sexo masculino como no feminino; 
  • Idade: com o avanço da idade, assim como os demais tecidos do corpo, os vasos sanguíneos envelhecem e tornam-se mais suscetíveis a lesões e a formação de trombos;
  • Hábito de fumar: fumantes têm maior probabilidade de desenvolver trombose, pois o cigarro contém milhares de substâncias tóxicas que dificultam a oxigenação do organismo, tornando-o mais suscetível às lesões vasculares, além de intensificar o processo de arteriosclerose, que causa a obstrução crônica das artérias, impedindo a circulação normal do sangue;
  • Uso de anticoncepcionais: anticoncepcionais aumentam o risco das tromboses arteriais e venosas, por serem compostos por estrógenos e progestágenos, hormônios que influenciam diretamente na formação dos trombos;
  • COVID-19: Quadros de COVID-19 aumentam o risco de desenvolver coágulos que podem resultar em trombose, isso ocorre devido ao intenso processo inflamatório causado pelo vírus na parede das veias;
  • Outros fatores: doenças malignas como câncer, infecções, síndrome nefrótica, e alterações hematológicas.

Diagnóstico

O diagnóstico clínico é estabelecido com base nos sintomas e nos fatores de risco e confirmado por exames de laboratório e de imagem, como a ressonância magnética, a flebografia e o ecodoppler colorido que é o método de maior acurácia.

Quanto mais rápido for introduzido o tratamento, maior a possibilidade de reverter o quadro e evitar complicações e sequelas como a embolia pulmonar. 

Tratamento da Trombose Venosa

O tratamento da trombose venosa visa impedir que o coágulo fique maior e que se solte, causando complicações como a embolia pulmonar, principal causa de morte em pacientes que desenvolvem a doença.

Portanto, tendo como objetivo extinguir os coágulos existentes, evitar que o quadro se agrave e reduzir as chances da trombose acontecer novamente, as opções incluem o uso de medicamentos anticoagulantes e fibrinolíticos, que auxiliam na dissolução dos coágulos. 

Dependendo do quadro do paciente, o tratamento pode ser mais agressivo, envolvendo uma cirurgia para desobstruir os vasos sanguíneos. 

Além disso, o uso de meias de compressão também pode ser recomendado pelo médico vascular. Em geral, essas meias devem ser utilizadas ao longo do dia para proteger as pernas da formação de novos coágulos.

Dicas de como evitar um quadro de trombose  venosa

  • Fique atento às alterações que a trombose pode provocar, principalmente se tem predisposição genética para a doença ou esteve exposto a fatores de risco que favorecem a formação de trombos;
  • Evite o consumo de álcool e cigarro;
  • Pratique exercícios físicos;
  • Controle o peso corporal;
  • Use roupas e calçados folgados e confortáveis;
  • Faça exercícios de rotação, flexão e extensão com as pernas e os pés enquanto estiver viajando;
  • Faça caminhadas frequentes após cirurgias, assim que for liberado pelo médico ou quando estiver em viagens longas;
  • Use meias de compressão;
  • Beba muito líquido para evitar a desidratação.
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