Anticoncepcionais e trombose: tudo o que você precisa saber essa relação

A trombose é uma condição vascular séria, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos nas veias ou artérias, representa uma preocupação significativa para a saúde global. 

Nos últimos anos, pesquisas e debates têm destacado uma possível relação entre o uso de contraceptivos orais, popularmente conhecidos como pílulas anticoncepcionais, e o aumento do risco de trombose em algumas mulheres. 

Esse tema desperta grande interesse e preocupação, especialmente entre profissionais de saúde e mulheres em idade fértil que utilizam ou consideram o uso desses medicamentos. 

Assim, nesse texto, vamos compreender mais sobre a relação entre trombose e anticoncepcionais, explorando quais os fatores de risco envolvidos e as medidas preventivas que podem ser adotadas para garantir uma escolha informada e segura para a sua saúde. 

O que é a trombose?

A trombose é um distúrbio vascular que ocorre quando coágulos sanguíneos, conhecidos como trombos, se formam nas veias e artérias. 

Esses trombos, basicamente “pedaços de sangue coagulado”, são frequentemente encontrados no sistema circulatório das pernas, onde podem prejudicar o fluxo sanguíneo ou bloquear completamente a passagem do sangue.

Existem dois tipos principais de trombose: venosa, que ocorre nas veias, e arterial, que é mais rara e acontece nas artérias

O verdadeiro perigo da trombose surge quando esses trombos se desprendem e viajam pela corrente sanguínea, podendo se alojar em órgãos vitais como os pulmões, coração ou cérebro, resultando em complicações graves e até morte. 

Portanto, muitos médicos consideram a trombose como uma das condições mais perigosas para a saúde.

Segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, 25% das mortes em todo o mundo estão relacionadas à trombose, destacando a gravidade desse problema vascular.

Quando falamos sobre a interação entre as pílulas anticoncepcionais e a trombose, é crucial reconhecer que o risco dessa condição não é exclusivamente atribuível ao uso desses contraceptivos. 

A trombose é, na verdade, o resultado de uma interação complexa de diversos fatores, onde o uso de pílulas anticoncepcionais pode desempenhar um papel, mas não é o único protagonista.

Embora homens também possam enfrentar esse problema, é mais comum em mulheres, especialmente aquelas situadas na faixa etária entre os 20 e os 40 anos. 

Múltiplos elementos como o sedentarismo, a gravidez, longos períodos de inatividade e a utilização de pílulas anticoncepcionais podem contribuir para aumentar esse risco.

Existe diferença de risco de trombose venosa entre os tipos de anticoncepcionais?

Especialistas ressaltam que determinadas categorias de pílulas anticoncepcionais podem aumentar as probabilidades de trombose em percentuais variados, oscilando entre em consonância com a concentração do hormônio estrogênio presente em cada formulação.

Além do uso de contraceptivos, há uma gama de fatores de risco que merecem atenção, tais como predisposição genética, tabagismo, terapias de reposição hormonal, diabetes, obesidade e viagens prolongadas de avião, sobretudo para indivíduos com predisposição.

Sintomas da trombose

É fundamental reconhecer os sinais da trombose, que podem manifestar-se através de inchaço, fraqueza, desconforto, rubor, calor, dilatação das veias e endurecimento da pele. Caso esses sintomas sejam identificados, é imprescindível buscar auxílio médico imediatamente.

Prevenção da trombose

Para reduzir o risco dessa condição vascular, recomenda-se a prática regular de exercícios físicos, a manutenção de um peso saudável, a minimização de períodos prolongados de imobilidade, o consumo adequado de água, a cessação do hábito de fumar e, quando necessário, a utilização de meias elásticas compressivas.

No que diz respeito às pílulas anticoncepcionais, é essencial realizar uma avaliação cuidadosa com um ginecologista, levando em consideração o histórico médico e familiar, a fim de selecionar o método contraceptivo mais adequado a cada indivíduo.

Há várias opções de métodos contraceptivos que são seguros e não aumentam o risco de trombose. Essas alternativas são especialmente recomendadas para pessoas que têm preocupações com esse tipo de complicação. Entre esses métodos, destacam-se os medicamentos contraceptivos que não contêm hormônios combinados. 

Além disso, o DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, e os implantes subdérmicos são outras opções confiáveis. É importante ressaltar que o uso de preservativos também é uma forma eficaz de prevenir a gravidez, sem apresentar qualquer risco de trombose.

Compartilhar